Os Sonhos: Qual seu papel nas emoções.

Como o sono administra as emoções

Como o sono administra as emoções: Alguns cientistas acreditam que o sono REM ¹ seja uma poderosa força que estabiliza o humor. E se o sono administra as emoções, ele o faz permitindo que os “escombros emocionais” da vida sejam abordados, reconciliados e neutralizados. Nesta perspectiva, segue duas sugestões:

1. Se você tem problemas com sonhos negativos recorrentes, tente visualizar um final positivo para eles. Esse novo final pode então ser incorporado na sua experiência do sonho, formando novas conexões neurônicas e permitindo as emoções negativas serem tratadas e integradas. (Esse processo parece acontecer naturalmente com muitas pessoas que sonham).  

2. Se você já sofreu de depressão, não trate o sono superficialmente. Um cérebro privado de sono, torna-se muito emotivo. Raiva e ansiedade ficam sem controle, e o padrão de atividade cerebral é surpreendentemente similar àquele encontrado em pessoas eu sofrem de depressão, por exemplo. 


Analise dos sonhos: 

Enquanto o cérebro é inundado com uma série caótica de imagens e memórias, os centros de raciocínio do cérebro fazem aquilo que são treinados para fazer – eles lutam para criar um sentido para a massa de informações desorganizadas em nossa mente. 
Mesmo que os sonhos não sejam mais que barulho para as altas regiões do cérebro, enquanto as regiões inferiores e mais primitivas fazem a manutenção da casa, eles ainda podem ser fascinantemente desafiadores. 

Sonhos também podem ser uteis, uma vez que fornecem dicas sobre suas emoções ou dão um empurrão para o pensamento criativo.


Conteúdo dos sonhos: 

Apesar de você inquestionavelmente se lembrar dos mais memoráveis sonhos, provavelmente não tenha uma boa ideia sobre seu padrão médio e sobre como eles se comparam com as visões noturnas de outras pessoas. Estudos extensos do sonho, comparando o diário dos sonhos de centenas de voluntários, algumas vezes durante longos períodos de tempo. Segue algumas descobertas: 

> Sonhos incorporam o ordinário: A maioria dos objetos, pessoas e temas no mundo dos sonhos vem diretamente de experiências pessoais. Muitas vezes de experiências recentes, e não necessariamente importantes, fora do comum ou emocionalmente carregadas. 

> Sonhos comuns são esquecidos: Os sonhos que nós lembramos são aqueles mais memoráveis. Esses sonhos não são boas amostras do seu repertório completo de sonhos. Por exemplo, sonhos alarmantes que fazem você acordar tem mais probabilidade de serem lembrados. Sonhos que são excitantes o suficiente para fazer contar aos amigos (frequentemente envolvendo voos, lutas e conquistas românticas) também pulam para o topo da lista.

> Sonhos possuem temas comuns: Sonhos podem parecer o melhor exemplo de expressão pessoal, mas muitos de seus temas são universais. Por exemplo, pessoas em hospitais podem sonhar om a perda de controle de suas vidas e morrer, estudantes podem sonhar sobre aparecer na escola para uma prova sem ter estudado e por aí vai....

> Durante o curso de sua vida, os temas dos sonhos são recorrentes: De fato, você provavelmente já tenha uma “parada pessoal de sucessos” com seus sonhos favoritos que você talvez nem conheça. Por exemplo, algumas pessoas procuram constantemente por coisas em seus sonhos, outras tentam chamar mais atenção, algumas estão sempre no meio de dramas familiares, enquanto outras estão sempre correndo. 

Apesar de ser divertido tentar adivinhar os significados intricados dos sonhos mais surreais e conturbados, a maioria dos neurocientistas dirá para você nem se dar ao trabalho. Sempre ansiosos para jogar um balde de água fria em qualquer diversão, eles dirão que estudar os sonhos é como analisar os resultados de uma desgovernada sessão de brainstorm².


¹ Sono REM: Neurocientistas realizaram pesquisas que sugerem que o sono REM ajude o cérebro a refazer suas conexões, integrar novas memórias e treinar –se para importantes tarefas. 
² Brainstorm: técnica de discussão em grupo que se vale da contribuição espontânea de ideias por parte de todos os participantes, no instituto de resolver algum problema ou de concebe um trabalho criativo. 


Fonte:
Macdonald. Matthew. Mentes Poderosas: Desenvolva toda a capacidade do seu cérebro. São Paulo: Universo dos Livros, 2010.