
Ressignificar é preciso!
As crenças são iguais aos imãs, se você crê em algo, ela pode até se tornar realidade.
Crenças LimitantesAo longo de nossa vida, desde nossos primeiros anos, somos influenciados positiva e negativamente pelas pessoas a nossa volta, como também pelas situações que experienciamos em nosso dia a dia. Deste modo, vamos formando nossos modelos mentais e percepções do mundo, entretanto, nem sempre correspondem à realidade.
Assim nascem as crenças limitantes, que são pensamentos, interpretações que você toma como verdadeiros, mas que no fundo são falsas ou pelo menos não são verdades absolutas. Essas crenças impedem a sua vida de se tornar melhor.
Ou seja, quanto mais somos submetidos a experiências ruins, mais acumulamos uma imagem mental negativa sobre nós mesmos e demais pessoas. Na infância, por exemplo, se um pai diz a seu filho que ele é fraco e incapaz, ou o compara com um irmão mais forte, muito provavelmente esta atitude sabotará sua autoestima e o deixará mais inseguro em suas ações.
Em sendo assim, quando o indivíduo, em qualquer idade, percebe a si mesmo e o universo à sua volta através de uma “lente de negatividade”, ele tende a sentir-se desconfortável, existencialmente. Tudo se torna, então, muito difícil em sua experiência vivencial, uma vez que essa negatividade se transforma, de certa forma, em um “roteiro” que ele passa a seguir cegamente. São inúmeras as pessoas que vivem a justificar seus fracassos, com frases iguais ou assemelhadas as estas: — Tudo dá sempre errado na minha vida. — Para mim, tudo é mais difícil. Eu sou mesmo é azarado. — Esse é o meu destino. — Ninguém me entende. — Ninguém se interessa por mim. — Coitado de mim. Nada que eu faço funciona. — Eu não consigo... — Eu não tenho jeito, mesmo. — Ninguém me compreende.
Às vezes, de tanto repetirem essas sentenças, limitadoras, e amoldarem-se a elas, é como se, imaginariamente, carregassem crachás identificando-se como coitados ou perdedores. E, também, de tanto repercutirem essas sentenças, elas acabam se “materializando” e causando-lhes toda sorte de desequilíbrio. Em boa parte da nossa existência, somos dirigidos – mesmo que inconscientemente –, por eles. Isto porque, o escasso conhecimento, da maioria das pessoas, sobre quase tudo, as impede de ativar seu senso crítico, o que, inevitavelmente, as leva, também, a aceitar uma plêiade de ideias pré-concebidas como verdades e, mesmo na ausência de bases, racionais ou lógicas, que as sustentem, passam a segui-las, permitindo que elas lhes dirijam a existência. Em síntese, o “sistema de crenças limitadoras” é alimentado por preconceitos, sejam eles formados pelas impressões negativas, que a pessoa registrou da vida, em família, ou criados pela influência de elementos externos, como escola, religião, sociedade etc. O “sistema de crenças ou pensamentos limitadores” atua como alimentador da baixa autoestima, o que dificulta ao indivíduo desenvolver a ação adequada, diante de um desconforto ou desequilíbrio, desequilíbrio, servindo-lhe, também, para justificar muitos de seus fracassos e inépcias. Para confirmar isso, basta prestar atenção naquelas pessoas que, após um insucesso, justificam-se dizendo: “eu sabia que isso era demais para mim”, ao invés de admitirem que lhes faltou preparo ou capacidade para enfrentarem este ou aquele desafio. Esse “pensar” negativo sobre si mesmo, pode, igualmente, ser interpretado como um vício, adquirido ao longo do tempo ou, por ser repetitivo, como uma neurose profunda que permeia e condiciona o todo comportamental do indivíduo e suas relações interpessoais.
É importante, ainda, advertir que alguns destes elementos, aludidos como causas da baixa autoestima, possuem uma complexidade que vai além das ideias, até aqui expostas. Porém, o intuito destas referências é o de aguçar a racionalidade do leitor para uma apreciação mais apurada de tudo quanto possa dar existência ou contribuir para sua autoestima. A intenção é evidenciar que a autoestima é algo mais profundo do que, às vezes, por falta de conhecimento e de uma análise mais criteriosa, imagina-se.
Um exemplo, bem corriqueiro, disso pode ser observado no hábito da preocupação, a qual, além de representar um gasto de tempo e energia inútil, é geradora de ansiedade, tensão, e outras ocorrências causativas de instabilidade emocional ou física. Pais e mães, exageradamente preocupados, repassam aos filhos essa prática, levando-os a desenvolver essa conduta como se fosse normal, o que reforça, sobremaneira, algumas sensações crescentes de mal-estar. Dentro dessa concepção – negativa e desarmônica de vivenciar a vida –, as “crenças limitadoras” tornam-se inibidoras da capacidade de transformação e de mudança, servindo, então, ao indivíduo, como “muletas” para amparar seu comodismo.
Ressignificar é preciso!
Um dos comandos cruciais para combater as crenças limitantes é o de ressignificar. Quando não conseguimos ressignificar as experiências ruins, as palavras negativas proferidas por pessoas que amamos e admiramos nos fazem criar bloqueios. E mais, alimentamos estereótipos e tratamos de forma pejorativa algumas pessoas e acabamos agindo de forma pessimista em determinadas situações.
Isso se dá, em parte, pela exposição repetida a comportamentos negativos que nos fazem introjetar em nossa personalidade outros comportamentos nocivos e, muitas vezes estendê-los a outras pessoas.
Além disso, existem outros passos que são importantes e dão o primeiro passo para eliminarmos essas crenças que tanto nos bloqueia:
- Tente identificar as suas crenças limitantes, especialmente aquelas que mais lhe atrapalham no momento;
- Ao dispor essas crenças em sua frente, faça o possível para entender qual a causa de cada uma delas. Relembre situações, busque na memória e tente encontrar a raiz do problema;
- Defina, a seguir, os objetivos que pretende com esse processo. Qual será o destino que você quer chegar ao eliminar essa crença limitante? Por que é fundamental que ela deixe de existir? Motive-se!
- Tente criar, a partir desse ponto, uma crença fortalecedora. Troque aquela frase ou situação negativa por uma que lhe dará forças para continuar lutando até atingir o objetivo que você determinou.
Vá insistindo nessa ideia, naquilo que você passou a acreditar, até que essa crença fortalecedora se torne um hábito em sua vida!